quinta-feira, 20 de junho de 2013

Ligúria | Sabores e Imagens

Foccacia de anchovas e Anchovas fritas




 Limoncello, licor italiano de limão

Manjericão, a base do pesto

Mattana | Sestri Levante

Acabámos uma jornada longa e cansativa, ainda que muito boa, em Sestri Levante. Depois de um dia passado entre Santa Margherita Ligure e Portofino, deslocámo-nos até esta cidadezinha no Golfo de Tigullio para conhecê-la mas também com o propósito de jantarmos na Osteria Mattana, recomendação do escritor viajante Gonçalo Cadilhe.
Rapidamente percebemos que a cidade merecia mais do que um par de horas e voltámos noutro dia para usufruir de melhor forma.
A localização é esplêndida, pois a península onde se situa tem de um lado a bonita e romântica Baia del Silenzio e do outro a Baia delle Favole. Entre as duas baías desenvolve-se o eixo principal, a Via XXV Aprile, onde se situa a Osteria Mattana.
 

 
 
 
 
 
 
 
 
Quando chegámos estava um aglomerado de pessoas à espera de mesa. Nunca são muito agradáveis estas esperas mas decidimos aguardar pacientemente, embora o cansaço se estivesse cada vez mais apoderar de nós.
Depois de mais de 30 minutos lá entramos no ambiente Mattana. Trata-se de uma osteria, num espaço grande e bonito, com mesas corridas, ambiente popular, familiar, animado e agitado.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olhámos para a ementa, escrita num quadro afixado na parede, e perdemo-nos nas possibilidades de escolha. Como estratégia fomos tentando perceber o que comiam as pessoas que nos rodeavam.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Decidimo-nos por uma farinata, especialidade da Ligúria, que é um género de panqueca feita à base de farinha de grão de bico, água, sal e azeite extra virgem,

por uma salada de alcaparras, beringela assada e pimento assado temperada com azeite
 
um spaghetti brezza, com ameijôas e mexilhões 

um trenette al pesto, uma massa típica da ligúria com pesto,

e terminámos com uma tarte de pinhão.
 
No fim percebemos porque estavam tantas pessoas a aguardar mesa. Estava tudo magnífico. Como Sestri Levante.

Mercado Orientale | Génova

Uma viagem fotográfica pelo Mercado Orientale, na Via XX Settembre, um dos principais mercados de alimentos da cidade de Génova.
 
 
 
 
 
 
 


















Frutas e legumes
 
Pomodoro e funghi secos
 
Foccacia
 
Tomates, pimentos, alhos, cogumelos temperados
 
Vieiras
 
Queijos
 
Massas

Mangiare per Genova

Em Génova fizemos refeições em três locais que merecem destaque.
No Le Cantine Squarciafico, junto ao Duomo San Lorenzo, num ambiente tranquilo e muito agradável tivemos um excelente jantar.

As nossas escolhas foram certeiras, ainda que as outras mesas apresentassem opções igualmente muito atractivas.
Optámos por um atum com pistachio simplesmente perfeito, quer na textura como no sabor,

e por um mandilli al pesto genovese, muito macio e igualmente saboroso. Este prato é tipicamente genovês, pois quer a pasta mandilli como o pesto são originários da capital da Ligúria.

Acompanhámos os pratos com um vinho tinto italiano suave.
Como sobremesa absorvemos um óptimo mil folhas de chocolate branco.

No Taggiou, um ristorante salumeria no centro histórico de Génova, próximo da Via Garibaldi, num ambiente típico e castiço, depois do dono e um amigo que falava castelhano nos terem detalhado a ementa toda, iniciámos a refeição com um tagliere di salumi e formaggio, que não é mais do que uma tábua de carnes frias e queijos.
 
O estabelecimento que apresenta produtos de qualidade de toda a Itália, inclui como acompanhamento do tagliere um vinho tinto toscano de Montepulciano.
 
 
 
 
 
Depois prosseguimos para um Trofie alla Portofino. A trofie é uma massa genovesa pequena, estreita, torcida e de pontas afiadas que habitualmente é feita com pesto. No entanto a receita de trofie alla Portofino é feita com tomate.

Por fim, no histórico Caffé Pasticceria Fratelli Kainguti, um dos preferidos nos anos de 1840 de Giuseppe Verdi, comemos a famosa torta Zena, feita com massa pão e recheada com creme zabaglione, feito à base de ovos, açúcar e vinho doce Marsala.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Gran Ristoro

É um sítio onde vão os locais e que nunca deixa de ter fila. Dois bons indicadores na aferição da qualidade de um estabelecimento de restauração.
O espaço é mínimo, apenas um corredor que ladeia o balcão e a vitrine composta por todo o tipo de charcutaria, queijos, molhos e outros ingredientes de fazer, literalmente, água na boca.
 

 
 
 
 
 
 
 
 

Trata-se do Gran Ristoro, na Via Sottoripa, umas arcadas não muito longe do porto.
O conceito é simples, a partir dos produtos expostos é transmitir aos simpáticos funcionários como devem rechear o pão aberto e por enquanto vazio.
A escolha é que não é nada fácil. Porque para além de não conhecermos a maior parte das iguarias, o que em si não é propriamente um problema, a oferta é muito extensa - à entrada anuncia-se 150 tipos de panini -, dá vontade de provar tudo e de preferência o que não se conhece. Tarefa difícil.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



Depois de alguma ansiedade na obtenção de uma escolha inovadora e saborosa, enquanto a água ia gradualmente crescendo na boca a escolha recaiu em três sanduiches. Uma mais clássica, com salame milano e queijo, outra de pancetta arrosto aromatizada, que estava uma delícia, e outra de arrosto de basílico, com tomate seco e cogumelos envinagrados, que atingiu a excelência.
 
Garantidamente estas sanduiches vão ficar marcadas na minha memória gastronómica.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Gelato di Genova

Não há apenas uma única versão sobre a origem do gelado. Umas apontam para que tenham sido os Chineses a inventarem, outras que foram os Árabes.
Certezas porém são as que indicam que foram os Árabes quem trouxeram o gelado para a Europa. Assim como parece certo que foram os italianos os responsáveis pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento do produto, nomeadamente através da invenção, por Procopio dei Coltelli, em meados do século XVII, de uma máquina que permitiu uma melhoria significativa da qualidade do gelado e a difusão do mesmo por todo o mundo, frequentemente através de empreendedores italianos.
Por esta razão os gelados italianos são tão famosos e reconhecidos.
Esta introdução serve para explicar que na nossa estadia por Itália senti-me no paraíso, isto porque adoro gelados.
Sempre me acostumei desde miúda a comer gelados fosse Inverno ou Verão, em casa ou na rua, onde à época não havia muita oferta. Com alguma frequência era alvo de inveja por parte dos meus coleguinhas, cujos pais não permitiam essas “excentricidades”. Mas também não poucas vezes, mais tarde, fui questionada como era possível comer gelados em pleno Inverno. Questionada por pessoas que desconhecem que os países  do norte da Europa, com invernos rigorosos, nomeadamente a Finlândia e a Suécia, encontram-se no top dos maiores consumidores de gelados do mundo. E pessoas que contribuem que Portugal seja um dos países da Europa com menor consumo de gelados no Inverno.
Relembrando os momentos paradisíacos. Em Génova fomos a três gelatarias,  à Profumo di Rosa, no centro histórico, junto da Via Garibaldi, onde se concentram os palácios barrocos, e onde experimentámos as combinações melão e limão e chocolate negro e créme;








à Antica Gelateria Guarino, no bairro do Castelletto, com uma vista privilegiada sobre a cidade e o porto, onde saboreámos straciatella e melão











e à Antica Gelateria Amedeo, que fica em Boccadasse, um encantador antigo bairro de marinheiros e pescadores, onde experimentámos merengue e cheesecake.










Che meraviglia.