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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

O Sabor de Paris

Paris. Deambulávamos pelas ruas. O Marais tinha acabado de entrar na nossa geografia.
Na procura do Memorial Shoah esbarrámos, quase literalmente, com uma fila. Chamou-nos a atenção a fila, mas sobretudo a vitrina, generosamente aberta para a rua, o que nos permitiu sem qualquer dificuldade ter acesso ao interior. Para além do enorme e vistoso lustre, tivemos contacto visual com os apelativos doces e pães. Automaticamente maravilhámo-nos também com o processo produtivo, possível de vislumbrar do exterior.


Aux Merveilleux de Fred, indica a frente de loja. Aguardamos na fila para ter acesso ao maravilhoso. E não é que é mesmo maravilhoso o que esta patisserie nos tem para oferecer. Provámos, entre várias opções, o Le Merveillex. Trata-se de um bolinho delicado, elegante, saboroso e cheio de personalidade. Uma receita que encontra o equilíbrio perfeito entre o merengue, crocante na superfície e derretido no interior, e o chantilly suave e raspas de chocolate negro. É simples, mas singular. Sendo doce, apresenta uma leveza surpreendente.


Já na Île Saint-Louis, iniciámo-nos nos, considerados, melhores gelados de Paris, os Berthillon. Tangerina foi o sabor escolhido. Muito delicioso, de facto. Mas igualmente muito mal servido. Pena.
Ainda no campo dos doces, insistimos em entrar na Ladurée dos Champs Elysées. Valente espera, de mais de 30 minutos, para entrarmos num dos ex-libris gastronómicos da cidade. A loja é bonita. A oferta é linda e deliciosa. O forte são os macaron, mas a oferta faz-se de outras coisas deliciosas. 


Optámos por um sortido de macaron. Cada um melhor que o outro. No entanto, ficámos com pena de não termos lanchado por lá. A fila era outra.


Na Place de la Madeleine, onde se concentram um conjunto de lojas gourmet, conhecemos o mundo de Patrick Roger, um chocolatier artista. Esta é uma das várias lojas, todas lindíssimas, deste conceituado mestre do chocolate. Tudo inspira elegância, design e qualidade. Quando saboreamos os seus chocolates, momentaneamente tudo pára e apenas há espaço para um mundo deliciosamente bom.
Ao longo da nossa estadia fomos tropeçando em patisseries e boulangeries, essas nobres instituições francesas. Pelo, que os bolos, o croissant e a baguete foram fazendo parte da nossa dieta.




No campo dos salgados, destaque para as galette ao estilo Bretão que saboreámos no Breizh Café e no Le Petit Plougastel. Ambos têm uma oferta baseada em produtos de grande qualidade. No Le Petit Plougastel enveredámos também por um crepe doce de banana flamejada.


Breizh Café

Le Petit Plougastel

Destaque ainda para tartare de boeuf, um dos clássicos da cozinha francesa que saboreámos.


Se o assunto é comida, não pode faltar uma incursão à La Grande Épicerie de Paris, o paraíso de qualquer gourmet. Neste imenso armazém comercial encontra-se uma imensa oferta de produtos alimentares, bebidas, utensílios de cozinha, bem como de banquinhas para degustar produtos exclusivos.
Uma viagem nunca fica completa se não sentirmos o ambiente vibrante dos mercados. Deliciámos-nos com a vida, cor, textura e oferta do marché d'Aligre, próximo da Bastilha, e do marché de Belleville

Marché d'Aligre

Marché d'Aligre

  Marché de Belleville

Marché de Belleville

Neste último, muito vibrante, entrámos na multiculturalidade tão presente em Paris, ou não fosse Belleville um dos bairros que desde sempre albergou as comunidades imigrantes, designadamente vindos do Norte de África, África sub-sahariana e China. Por momentos, sentimos que estávamos noutra parte do mundo, enquanto os vendedores, maioritariamente de origem imigrante, vendiam Portugal, o nome dado em grande parte do globo às laranjas. Reminiscências do importante papel dos portugueses nos inícios da globalização.


Também fruto da forte multiculturalidade presente em Paris, destaque para a experiência que tivemos na Grande Mesquita de Paris, onde saboreamos um chá e doces à moda do médio oriente. Uma vez mais, fomos temporariamente para outras coordenadas geográficas.



Nas ostras ficámo-nos pelas do Henri Matisse, acompanhadas por Tulipas (Tulipes et huîtres sur fond noir, 1943).

Tulipes et huîtres sur fond noir,  Henri Matisse,1943

Na arte encontrámos muito mais comida, como o Arroz con Pollo (1981) do Jean-Michel Basquiat, as frutas tropicais do Gauguin e as maçãs e laranjas da natureza morta do Cézanne.




Paris faz-se de arte. De bem comer, de bem viver e de toda a restante que nos enche a alma.

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

A Sul

O caminhar para o tempo frio, no caso o outono com feições de inverno e rapidamente a chegar a essa estação, é um percurso feito de dias mais minguados. Apesar de curtos, o intento de os viver permanece como no tempo quente.
Procura-se o calor de outras formas.
Fugir para sul nesta altura é ir ao encontro de uma serenidade e beleza ímpar.
Como é saboroso chegar a sexta-feira e trocar a azáfama da capital pelas paisagens vazias e, assim, ainda mais mágicas, da costa Alentejana. Sentir aquela ansiedade boa de imaginar como nos receberão as ondas na praia de S. Torpes. Nem sempre chegamos a tempo ou o mar se oferece para a primeira surfada do fim-de-semana. Mas com ou sem surf a alegria permanece, pois sabemos que no outro dia, o mar estará ali, no Malhão ou noutra praia qualquer para ser deslizado ou admirado.
Despedimo-nos do sol até ao último minuto. Vemo-lo a declinar, enquanto os seus últimos raios preenchem de laranja o rendilhado de rochas, que a maré vazia deixa a descoberto na praia do Farol.
Chegamos a casa. À casa dos dias de descanso e marcados por não haver pressa. Vila Nova de Milfontes é a nossa casa nestes dias vagarosos.
Deixamos as malas e logo saímos para as ruas silenciosas e vazias. Nesse percurso, enquanto o frio nos chega aos ossos, sentimos o cheiro a lareira que emana das casas nestes dias frios. Chegamos à Tasca do Celso e espera-nos a sua acolhedora lareira e a, sempre, deliciosa comida. Sarrajão com batata doce e carne de porco à alentejana são as nossas escolhas. Fechamos com a inigualável sericaia.  
No outro dia o sol tímido da manhã entra pela janela do quarto. Na rua sente-se apenas um ligeiro movimento, muito diferente da intensa azáfama das manhãs de Verão, nas quais o mercado da Vila ganha uma grande dinâmica.
Minutos depois iniciamos o dia com uma ida ao mercado. Como adoro dali entrar. De ver a oferta das bancas dos peixes e das hortícolas. Como gosto de cumprimentar e ser reconhecida, como só os locais são, pelos vendedores das bancas.
Há percebes? Lingueirão? Que peixes o mar deu? E aquela rúcula selvagem que só ali conseguimos.
Certo é que há batata doce. É o tempo dela. E pão alentejano, que nunca falha.
Feitas as compras, o pequeno-almoço só está completo com um croissant de chocolate da Mabby, essa grande instituição da terra.
Feita a primeira refeição seguimos para a praia. Hora de surf. O mar está grande, vamos espreitar o inalcançável, até hoje, mar do Portinho? Ou seguimos para S. Torpes. Vence a última opção. Surf realizado e sorriso largo, descemos mais a sul para almoçar.
Se Lisboa tem o Ramiro, a costa alentejana tem a Azenha do Mar. Se é difícil arranjar mesa no Ramiro, é ainda mais complexo ter lugar na marisqueira da terra onde as ruas têm nomes de peixes.
A estratégia é chegar fora de horas. Não o fizemos tanto assim. Eram 14:15. À nossa frente estão 70 pessoas... Persistimos e no tempo de espera aproveitamos para passear sempre com o mar por perto. Duas horas depois estamos à mesa. Para almoçar e jantar, porque a comida é farta e sairemos a horas de ver o pôr do sol.
Investimos no arroz de marisco. Não vem recheado com as ovas de sapateira, como tivemos o privilégio de saborear em tempos, mas vem com este marisco, com mexilhões carnudos e deliciosos, gambas e berbigão. Generoso como sempre. No sabor e quantidade. Dá para repetir por quatro vezes.
Depois de nos despedirmos mais uma vez do sol, que se retira e nos deixa os laranjas antes do ocaso, o frio instala-se e regressamos a casa. Pela noite só há espaço para uma fruta e um chá. Bem como para um sono retemperador.
Amanhece e já com a digestão feita da refeição da véspera, fazemos a primeira refeição do dia e rumamos para uma manhã de surf numa praia mais pacata próxima de Porto Covo. Sessão mágica com mar em excelentes condições e sem a clássica multidão que assola as mais conhecidas praias portuguesas.
Dirigimo-nos a S. Torpes para nova sessão de surf.
Energia esgotada, vamos repor os níveis no Trinca-Espinhas, um restaurante clássico da praia de S. Torpes.
Ficamos pelo petisco. Favinhas com molho verde e choco frito. Que delícia. Ali, a olhar para o mar, enquanto os nossos pares continuam a desafiar as ondas, já começamos a sentir saudades do fim de semana. Mas deixamo-nos ficar, a sentir o sol quente que nos faz esquecer das temperaturas mais baixas.
Antes de voltarmos a Lisboa, damos um passeio pela praia e fazemos planos para o próximo fim de semana a sul. 
Sonhar com esses momentos dá-nos força para enfrentar os dias de inverno que aí vêm.
É bom sentir que teremos sempre o sul.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Viagem Pelos Sabores da China

Algures na província chinesa de Guangxi há um miradouro com o nome Música do Paraíso e outro, igualmente com uma designação poética, Mil Camadas do Céu. Destes pontos de vista privilegiados avistamos os terraços de arroz de Longsheng. É dali, daqueles terrenos em socalco, bem como de muitos outros campos de arroz espalhados pela enorme China, que se extrai um dos principais alimentos dos Chineses.


Durante a nossa presença na China, pelas províncias de Guangxi e Yunnan, e também por Hong Kong, em quase todas as refeições, tivemos a companhia desta cultura cerealífera. Assim como de um bule de chá. Estes dois elementos são presenças constantes e reconfortantes, por nos serem familiares.


Verdade, na China mais profunda nem sempre é fácil saber o que nos vai chegar no prato. Até porque a comunicação é um grande desafio.
Não é também mito que na China se comem coisas estranhas para os nossos padrões culturais.



No entanto, apesar de as incursões gastronómicas não serem sempre familiares, para mim é reconfortante ter estes desafios na vida.
Porém há um aspecto que merece contraditório. Inversamente ao que diz a marchinha brasileira de carnaval Lig-Lig-Lig-Lé, mais recentemente popularizada por Adriana Calcanhotto, “Chinês não come somente uma vez por mês”. Não mesmo. Chinês come várias vezes por dia. E muito.



A comida é uma coisa levada muito a sério pelos chineses. Para além de um prazer, uma refeição é um verdadeiro acto social e de partilha. É vê-los em família e, também, em almoços de negócios, sentados à mesa, onde se configuram grandes quantidades de comida prontas a serem compartilhadas entre todos. Foi para facilitar essa partilha que inventaram aquelas grandes mesas redondas com placa central giratória.
A culinária chinesa é uma das maiores do mundo. É muito forte e diversa, ou não fosse a China quase um Continente. Pelo que há ofertas de várias naturezas, sejam estabelecimentos como comida de rua, e com muitas variações regionais.
Destaco particularmente, por gostar do conceito, os restaurantes que apresentam numa vitrina os ingredientes disponíveis para confecção. Legumes, uns mais familiares do que outros, carne, peixe. A nós cabe-nos apenas escolhe-los e aguardarmos que cheguem já confeccionados à mesa.


A este respeito, vai ficar na memória o almoço na cidade velha de Baisha, na envolvente de Lijiang, de onde viemos a pedalar, e onde comemos um maravilhoso peixe devidamente apurado com o  picante típico da culinária do Yunnan.


Neste pitoresco lugar, aos pés da Montanha Nevada do Dragão Jade, é maravilhoso apreciar e sentir a vivência autêntica da cultura da população Naxi, nomeadamente as várias situações de vendas de rua.





Os mercados, fechados ou de rua, são sempre emocionantes. Pela vibração, cor, texturas. Destaque para o de Lijiang, onde explorámos e nos cruzámos com uma infinidade de elementos apetecíveis.








É sempre um prazer podermos experimentar as frutas locais, umas mais conhecidas do que outras. Manga (deliciosa), abacaxi, mangostão (soberbo), líchia, pitaya (entusiasmante), bananas - pequenas e bojudas (poderosas), melancia (algumas delas amarelas por dentro), pepino (exótico), e mais um rol de delícias. Maravilha.








Como é também um deleite cruzarmo-nos e explorarmos novos paladares. Como o bambu recheado com arroz adocicado, os docinhos de pétalas de rosa de Lijiang, as raízes de lótus, a baba (um género de pizza) de Xizhou, o camarão bebé frito do Lago Erhai, o ovo dos cem anos em Guilin.










É igualmente extraordinário constatarmos que nos adaptámos à culinária picante, quando sentimos falta de algo nos momentos em que a culinária apimentada não é tão presente. Ainda que tivéssemos momentos difíceis pelo caminho, pois as especiarias de tempero são intermináveis, e algumas delas com efeitos particulares, como adormecimento da boca... Há um restaurante em Lijiang que não sairá das nossas memórias gustativas e que entrou directamente nos nossos catálogos pessoais de especiarias.




Os pratos mais pedidos ao longo da nossa viagem foram peixe (sobretudo de rio), carne de porco, galinha, beringela, cogumelos e outros legumes.



Também experimentámos os clássicos noodles. Prato tão nutritivo como delicioso, graças ao caldo que o compõe.



Apesar da repetição de ingredientes ao longo da nossa viagem, a confecção foi sempre diferente e, maioritariamente, deliciosa. No fim a mesa acabou sempre assim.



quarta-feira, 10 de maio de 2017

Pelos Sabores Eslovenos

Da Eslovénia trouxe duas memórias que entram para o top dos pratos do ano.
Sopa de cogumelos e truta fumada.
Que maravilha!
Que prazer!
A primeira incursão pela sopa de cogumelos foi em Ptuj, uma das cidades mais antigas da Eslovénia.


Localizada na zona Este do país e caracterizada pelos telhados vermelhos, esta cidade junto ao rio Drava deu-nos a primeira refeição na Eslovénia. No Gostilna Ribič, mesmo nas margens do Drava, para além de uma fabulosa sopa de cogumelos, saboreámos um prato de truta e polenta e outro de dourada com risotto.




A Eslovénia, apesar de ser um país pequeno, acaba por ter alguma diversidade gastronómica em função da sua geografia.
Nas montanhas, onde passámos parte do tempo e por onde serpenteiam os rios de águas gélidas e transparentes, comemos truta, estufados e comidas mais fartas.
Na ponta oeste do mágico lago Bohinj, no sopé dos Alpes Julianos, deliciámo-nos com uma divinal truta fumada. Foi no Gostisče Eriah, onde a truta local é rainha, que maravilhámos o nosso estômago.


Aqui, comemos também salsichas com chucrute. Pela proximidade com a Áustria é muito comum ver a oferta de pratos com salsichas.


Em Bled, onde o charme impera, comemos o original bolo de creme de Bled (kremma rezina) no Park Restaurant & Cafe. Diz-se que foi ali, neste espaço à beira do lago, que este bolo, surpreendentemente leve, de creme e baunilha ensanduichado entre duas camadas de uma fina massa folhada, foi pela primeira vez criado.


Em Bovec, na vertente sudoeste do monte Triglav, comemos um género de goulash de porco, que nos remeteu para o nosso pica-pau. Muito saboroso. 
A refeição incluiu também algo parecido com uma omelete em formato redondo, com queijo e enchidos locais. Igualmente saboroso.


Apesar da boa oferta gastronómica, vivemos duas situações insólitas neste restaurante. 
O dono/empregado, Croata há 30 anos na Eslovénia, curioso da nossa nacionalidade e depois de avançar com a clássica aposta na França e ajudado com a dica de sermos de um país do sul da Europa e com a quase resposta de o nosso país ser o actual campeão europeu de futebol, conseguiu responder que vínhamos da Austrália...
Ainda mais inacreditável que esta situação foi o couvert, pago (e bem pago) ao contrário da generalidade dos restaurantes, ter sido composto por duas azeitonas e duas rodelas de chouriço...e, vá lá, por um pouco mais de pão...
No sul, à beira do Adriático, na curta faixa costeira da Eslovénia, fica a encantadora Piran. Esta jóia de influência Veneziana, apresenta uma gastronomia ao estilo Mediterrâneo. 
No Cantina Klet, numa praçinha encantadora e com aquele charme decadente típico das cidades mediterrâneas, existe um pequeno bar vinícolo local onde o pedido da comida se faz numa janela que dá para a cozinha.



Num quadro preto são apresentadas algumas opções do menu. Mas, importa não nos determos só nessas opções, porque o menu apresentado na carta é bem mais vasto. 


Contudo, a nossa ansiedade levou-nos a fixármo-nos apenas na oferta do quadro. Sem problemas, saímo-nos bem e estava tudo óptimo. 
Sardinhas grelhadas e filetes de dourada com polenta. Tudo acompanhado de vinho tinto.
Este é daqueles sítios que considero imperdíveis. Encantam pela simplicidade com que se entregam. 


O vinho esloveno, sobretudo da região do vale de Vipava, foi uma constante nas refeições da nossa viagem.
Já na capital, em Ljubljana, aproveitámos o Odprta Kuhna, cozinha aberta em português, um mercado de comida de rua com comida local e internacional cozinhada por restaurantes da cidade.


Apostámos na comida local, designadamente em ciganska pečenka z dödöli, tiras de carne de porco com bolinhas de puré, e no doce nacional, prekmurska gibanica. Esta sobremesa, deliciosa, é feita com sementes de papoila, nozes, maçã, passas e farinha.

Noutro contexto, comemos gelado de sementes de papoila. Diferente na textura, mas óptimo no sabor.
Também em Ljubljana, na Gelateria Romantika, que o guia Lonely Planet considera o melhor gelado do mundo, saboreámos gelado de azeite de sementes de abóbora. Não sei se é a melhor gelataria do mundo, mas seguramente é muito boa.


O azeite de sementes de abóbora é um condimento único esloveno. Pode ser verde ou avermelhado, torrado ou prensado a frio, mas sempre pleno de personalidade.
É disso que gostamos.