sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cozinha Peruana

A propósito do último post deixo aqui esta referência de Carlos Maribona sobre a cozinha peruana, que cada vez vai ganhando mais protagonismo internacional.
O artigo escrito na coluna Salsa de Chiles recordou-me a minha viagem do ano passado ao Perú, na qual andei pelos mesmos locais referidos pelo jornalista espanhol, e ainda as memórias das minhas papilas gustativas, nomeadamente de um saboroso cuy no forno que degustei em Cusco.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Oficinas de Cozinha da América Latina

Em breve vai ter início a segunda edição das oficinas de cozinha da América Latina, iniciativa da Casa da América Latina.
Os workshops decorrerão na Cantina Lx (Lx Factory), sob orientação do chef José Manuel Bengaló.
A primeira sessão, a 22 de Outubro, vai ser dedicada à gastronomia do Paraguai.
No ano passado tive a oportunidade de estar presente no workshop da Argentina. Gostaria este ano poder repetir a experiência e envolver-me com a gastronomia de outros países, como a do Peru.
Estarei atenta ao calendário.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Restaurante Chinês Clandestino

No âmbito de um passeio guiado à Mouraria Chinesa promovido pela Associação Renovar a Mouraria, descrito aqui, foi possível descobrir uma pérola gastronómica praticamente escondida e desconhecida. O passeio culminou com um almoço num restaurante clandestino localizado num prédio da Rua da Palma.
A componente clandestina, num momento inicial, pode ser assustadora e dissuasora, porém não há razões para tal. Antes pelo contrário. O que se encontra é um apartamento normal, mas com a maior parte das divisões ocupadas por mesas, sem aparentes problemas de salubridade e com uma vista fantástica para a colina da Graça e do Castelo.


Se o embrulho não assusta, o essencial, a comida, ainda menos. Antes delicia. A comida, óptima, foge ao que habitualmente oferecem os restaurantes chineses licenciados que, em Lisboa, tal como no resto do mundo, têm a tendência de se adaptar aos gostos locais.
Nesse dia tivemos oportunidade de saborear:
- Uma saborosa sopa de peixe


- Couve chinesa com cogumelos


- Jiaozi, uns raviolis chineses fritos com recheio de carne

- Carne picada perfumada com legumes, ligeiramente picante

- Tofu caseiro salteado com legumes


- Entrecosto agridoce


Tudo acompanhados por arroz branco chinês cozido a vapor.
Voltarei em breve para experimentar novas iguarias.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Fomos às compras - Hua Ta Li

O fim-de-semana foi de compras.
Fomos ao Martim Moniz, a artéria mais multicultural de Lisboa. Na Mouraria, o bairro a que pertence esta praça, localizam-se as diversas towns lisboetas: chinatown, bangladeshtown, lestetown, africatown.
O nosso foco era o Hua Ta Li, o supermercado chinês mais conhecido da cidade. Entrar ali e apreciar os produtos, quase todos desconhecidos, é uma delícia. Desde os vegetais aos congelados, passando pelos noodles, chás, utensílios de cozinha e terminando nas bebidas de recipientes alegres e convidativos.


É preciso tempo para descortinar que produtos temos à nossa frente - embora com as normas europeias actualmente todos os produtos tenham obrigatoriamente uma etiqueta com a informação essencial -, mas sobretudo quais as possibilidades para os confeccionar.
Embora a vontade de descobrir novos sabores fosse imensa, no nosso carrinho veio apenas um cesto para cozinhar a vapor, molho de soja, chá verde, noodles, cogumelos desidratados e uns ha cao he (raviolis de camarão, cogumelos e gengibre).


Espero ansiosamente pela confecção.

Jules Gouffé por Boris Vian

A gastronomia está em todo o lado.
Vejamos o livro que actualmente leio, A Espuma dos Dias, de Boris Vian.
Logo ao início há uma referência a Jules Gouffé (1807-1877), autor do Livro da Cozinha, e celebrizado pela cozinha requintada que criou, ao ponto de ter ficado para a história com o petit nom "l'apôtre de la cuisine décorative".

in http://en.wikipedia.org/wiki/Jules_Gouff%C3%A9

Essa referência surge a propósito de Nicolas, cozinheiro do personagem principal, Colin, anunciar que para a entrada dessa noite plagiou o Gouffé, nomeadamente a obra da página 638, um paté de enguia, cuja passagem em questão se propôs ler ao seu patrão.
Em discurso directo. “Faça uma base de paté quente, como para uma entrada. Prepare uma enguia grande e corte-a em postas de três centímetros. Ponha as postas de enguia numa caçarola, com vinho branco, sal e pimenta, cebola às rodelas, ramos de salsa, tomilho, louro e um dente de alho. (…) Leve a cozer. Retire a enguia da caçarola e coloque-a numa frigideira. Passe o cozimento por uma peneira de seda, acrecente erva-espanhola e deixe apurar até o molho se agarrar à colher. Passe pela peneira, cubra a enguia com o molho e deixe ferver durante dois minutos. Disponha a enguia no paté. Faça um cordão de cogumelos à volta do paté, ponha ao meio um feixe de lácteas de carpa. Tempere com a porção do molho guardada para o efeito”.
Mais do que estar em todo o lado, a gastronomia é intemporal. E imaginativa e elaborada há mais tempo do que se possa supor.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Inauguração - Tomates recheados com alheira

O post inaugural é sobre o jantar de ontem à noite, no qual, finalmente, após ideia antiga, decidi concretizar este blogue.
O repasto foi tomates recheados com alheira, ideia adaptada a partir da criação do José Avillez, acompanhados por uma salada mista e um vinho tinto.
Para elaborar esta receita saborosa é apenas necessário:
- tomates
- alheira
- ovos de codorniz (tantos como o número de tomates)
- sal e azeite.

Os passos de elaboração são:
1º tirar a maior parte do miolo dos tomates e pôr um pouco de sal no interior dos mesmos.
2º passar a alheira, sem a pele, pela frigideira
3º rechear os tomates com a alheira e levá-los ao forno num recipiente ligeiramente untado em azeite
4º fritar os ovos de codorniz
5º colocar os ovos de codorniz no topo dos tomates recheados.


O cunho pessoal na elaboração desta receita esteve na substituição dos ovos de galinha pelos de codorniz.
Mas com uns ou com outros o resultado é fantástico.