quarta-feira, 31 de julho de 2013

Bebidas | Global versus Local

Uma bebida global, a Pepsi, mas com um toque local, e uma bebida genuinamente local, sumo natural de fruta do dragão.
 
Não há dúvidas na escolha, a segunda não dá hipótese, assim como qualquer sumo natural por aquelas paragens.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Religião, Bebida e Comida

No templo principal de Luang Prabang, Wat Xieng Thong, cruzámo-nos com a cerimónia anual que dá início às festividades que marcam a entrada dos noviços nos templos.
Antes do fim da cerimónia religiosa, à entrada do templo, um grupo preparava uma bebida de aparência não identificável. Questionámos sobre o conteúdo sem obtermos resposta pois o foco era a preparação da mesma.
Mas quando a pressão do momento abrandou, após o fim da cerimónia, vieram-nos oferecer a bebida e percebemos que era leite de coco fresco com gomas e frutos vermelhos. Perfeito para amenizar o calor.
Em todo o Laos, mas presenciamos em Luang Prabang, diariamente pelas 6 da manhã, os monges percorrem a cidade descalços e com as suas vestimentas cor de laranja. É a "Cerimónia das Almas", momento religioso em que a população doa comida, sobretudo arroz, aos monges e noviços dos templos da cidade, garantindo assim alimento diário aos que zelam pelo equilíbrio da sociedade.
A população coloca tapetes nos passeios e aguarda a procissão dos monges pelas ruas da cidade.
Os monges silenciosamente deslocam-se em fila, carregando ao ombro um recipiente metálico onde armazenam os alimentos que têm que durar todo o dia, uma vez que os templos não podem comprar comida mas apenas recebé-la por doacção.
É um momento de alimentar o corpo físico dos monges através da comida e o espiríto pelo amor e generosidade. A comida serve não só para alimentar os monges mas também para ser distribuída junto da população mais carente

Comida Típica | Laos

Um dos principais pratos do Laos é o làap. Trata-se de um género de salada com carne aos pedaços com sumo de lima, folhas de hortelã e chillies. É servido com arroz sticky.
 
A forma correcta de comer este prato é usar os dedos para formar bolinhas com o arroz, que é envolvido no làap.
O sabor é muito agradável e varia entre o aromático e o picante.
Outro prato típico, e igualmente picante, é a salada verde de manga, que serve de acompanhamento ou entrada.
Comemos estas duas especialidades no Daolim Restaurant Café em Pakse, sul do Laos.

Comida | Em Trânsito

Quando nos deslocamos no Laos, entre lugares, como fizemos de Luang Prabang para Vang Vieng e daqui para Vientiane, vamo-nos deparando nas múltiplas paragens que as camionetas locais fazem com comida.
Confrontámo-nos com as bancas de peixe seco;
com as vendedoras de tudo e mais alguma coisa, como fruta, espetadas de carne, de fígados e corações, ovos, bebidas, pão, que se abeiram da camioneta;





com mercadinhos de vilas, que o motorista da camioneta e a sua esposa que o acompanha, aproveitam para fazer as compras do mês para a família inteira (a avaliar pela quantidade);
com tuk tuks guarnecidos com a matéria-prima;
 
com bancas de ananases, onde, se entendermos preparam-nos no momento para comermos no imediato.
 
Não há o perigo de passarmos fome nestas deslocações.
Não fosse o traçado das vias, sobretudo de Luang Prabang para Vang Vieng, altamente propício a enjoos e responsável por se percorrer os 170 km que as separam em cerca de 6 horas, teríamos todas as condições de chegarmos de barriga cheia ao destino.

Fondue Laociano

Ao longo da Khem Khong, a rua que margina o rio Mekong, em Luang Prabang, localizam-se um conjunto de restaurantes/esplanadas populares que à noite são ocupados pelos locais e por alguns turistas.
Uma das noites fomos até um, dos vários, que apresenta o conceito Asian style fondue / cozinhe você mesmo. 
As regras são as seguintes, a comida está, por cozinhar, disposta numas mesas corridas. Carne (frango, porco, búfalo), camarões, lulas, tofu, bolinhas de peixe, cogumelos de diversas variedades, legumes diversos, noodles, massa de arroz, ovos, ....
Pega-se nuns pratinhos e cestinhos e abastecemo-nos do que pretendemos comer. Com a salvaguarda que podemos voltar as vezes que entendermos para reabastecer.
Regressamos para a mesa para iniciarmos a refeição e entretanto os funcionários já colocaram carvão por baixo da grelha/panela, que está no centro da mesa, pronta a cozinhar. A chaleira com água, para colocar na parte abaulada que vai cozer os alimentos, as ervas aromáticas, para dar sabor, e a gordura, a colocar na parte da grelha, também já estão em cima da mesa à nossa disposição.
O resto é connosco. O que vai para a grelha ou para a água a ferver, tempos de cozedura, acrescentar mais água ou ervas aromáticas. 
Tentamos reproduzir os comportamentos dos locais mas nem sempre atingimos a perfeição. Percebemos que algo está errado quando quem está ao nosso lado nos avisa de algo que, as diferenças linguísticas, não permitem que seja logo entendido.
Enquanto comemos e aguardamos que o resto cozinhe, quem bebe manda vir mais Beerlao, a cerveja da terra, e todos os presentes discutem acesamente economia.
 
Um a um vamos terminando a refeição e levantamo-nos calmamente para nos servirmos directamente da arca congeladora de gelado e trazermos as frutas à disposição.
O calor da atmosfera mantém-se mas a agitação da envolvente e a nossa vai diminuindo, até por fim serenar. Como as águas do Mekong que, por aquela altura, ainda corriam tranquilamente.

Mercado de Comida Nocturno | Luang Prabang

Um dos locais a não perder em Luang Prabang, no que à comida diz respeito, são as tendinhas nocturnas de comida, que ocupam o espaço do mercado de dia.
Por um valor absurdamente barato podemos comer muito bem.
A conta é fácil. Pelo buffet de saladas, massas e arrozes diversos paga-se 1 euro, com direito a um prato a transbordar de comida.









Se acharmos insuficiente ou quisermos complementar com carne (frango ou porco) ou peixe, em troca de mais um euro vimos os nossos desejos saciados.
 

É a fórmula do BB, bom e barato, no verdadeiro ambiente do sudeste asiático, a rua.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Tamarind | Luang Prabang

De janelas e portas viradas para o Nam Khan, um dos afluentes do rio Mekong, o Tamarind em Luang Prabang foi provavelmente o melhor restaurante em que estivemos durante a nossa estadia no Laos. Aconchegante, charmoso e bonito apresenta simultaneamente uma oferta tradicional e criativa da cozinha laociana.
 
Para além do serviço de restaurante, o Tamarind apresenta igualmente aulas de cozinha, promovendo pelas duas vias a gastronomia do Laos.
Na noite que lá estivemos pedimos um menu de degustação com algumas das especialidades locais como salsichas de porco Luang Prabang, búfalo seco, pickles de vegetais, carne de porco picada com beringela, flor de banana com bambu e sementes de sésamo, wrap de folha de alface com pasta de beringela com ervas.
Comemos ainda peixe cozido no vapor com ervas em folha da bananeira e barbecue em lume brando de búfalo marinado com ervas e tempero especial servido com legumes crocantes, tudo acompanhado por sticky rice, o arroz característico do Laos e que tem a particularidade de ser pegajoso e de ser comido com a mão.
Por fim, terminámos com uma recriação da clássica banana split, com banana, iogurte, molho de tamarindo e topping crocante e com uma maravilhosa degustação de sobremesas composta por um divinal arroz sticky escuro com leite de coco e molho de tamarindo, abóbora cozida com ovo e creme de coco , duas qualidades de bolinhos de coco e nougat.
Soberbo.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Momentos Gastronómicos de Rua | Laos

Mostruário de sumos, onde fomos clientes fiéis
 
Água de coco
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tamarindo e Rambutan                                                                Abacaxi
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estes peixes e entrecosto foram nossos.
 
Banana frita e assada
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Espetadinhas de frango, fígados, corações e salsichas

Arrozes
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Massas e noodles

Ovos brancos e cores de rosa
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cor de rosa e pretos por dentro. São denominados "ovos podres" ou ovos preservados. Tratam-se de  ovos de pata, que ficam embalados cerca de 100 dias numa palha com argila, cinzas, sal, cal e amido de arroz. A clara e a gema são pretas e têm uma aspecto gelatinoso.
Crus têm um cheiro repugnante mas, dizem (não provámos) que quando cozinhados ganham um gosto bom.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rebentos de soja                                                                                      Chillies
 
 
 






















 
 
 
Comidas prontas a comer 

Mercado de Dia | Luang Prabang

Uma constante na Ásia - pelo menos a que eu conheço e a que contínua no meu imaginário - são os mercados de rua.
Não se vai à frutaria, à mercearia, nem tão pouco ao talho e à peixaria. O abastecimento faz-se nas ruas, nos mercados de dia. 
Cruzámo-nos com essa realidade diariamente e com fascínio e, por vezes repulsa também, nomeadamente quanto às vendas de carne, fomos absorvendo as cores, odores, texturas e sabores de alimentos familiares e outros não tanto.
O mercado de dia de Luang Prabang percorremo-lo nas primeiras horas da manhã, depois da diária procissão das almas e foi isto que vimos, arroz como não podia deixar de ser,
vegetais vários,
 












frutas (bananas, mangas, fruta do dragão, rambutan, mango steam, tamarindo, entre outras)







 
 
 
 
 
 
 
 
 
coisas de aspecto mais estranho, como estes araçados de tubérculos, larvas e, talvez (?), enguias ou cobras,  









rãs e flores, supostamente, comestíveis,

peixe, fresco e seco,





 



carne e especiarias



Já no fim da deabulação, deparámo-nos com estes bolinhos de coco feitos no momento, que de tão fantásticos foram adoptados desde logo para o resto da viagem. Quando os viamos não nos escapavam.