Depois de 24 horas a viajar, chegámos já noite a Tóquio. Estabelecemo-nos num hotel cápsula no distrito de Shinjuku, de forma a no outro dia partirmos com facilidade de comboio para Quioto. Saímos para o meio dos neóns e frenesim urbano.
Tínhamo-nos cruzado com um restaurante com um ar engraçado e fomos até lá.
Na montra, a exercer a sua função, estão alguns dos pratos disponíveis. Percebemos depois que é comum que isso aconteça em alguns estabelecimentos de restauração por todo o Japão. Mais, descobrimos também, que há uma artéria em Tóquio, a rua Kappabashi, conhecida como Kitchen Town, que vende amostras em plástico a representar os pratos, sobremesas, bebidas.
Expressão plástica à parte, entrámos e confrontámo-nos com o procedimento de escolha. Através de uma máquina, semelhante a uma Jukebox ou, menos poético, a uma máquina de tabaco, escolhemos o prato que pretendemos comer.
Simples. Não fosse estar tudo escrito em japonês. Mas rapidamente ultrapassámos esta dificuldade com a ajuda simpática de um funcionário e com o auxílio das amostras da montra.
Desafio ultrapassado, percorremos o corredor e instalámo-nos. O espaço, em madeira, é agradável e o ambiente é simpático.
Quando a comida está pronta fazem-nos sinal e vamos até ao balcão junto da cozinha buscá-la. Tem bom aspecto.
Ambos os pratos são com soba, uma massa à base de trigo sarraceno. Um é servido com a massa fria, ovo cru, algas, wasabi, negi (cebolinha) picada e uma pasta gumosa que não identifico ao certo do que se trata, embora de aspecto pareça amendoim.
O outro é com soba quente, ovo cozido, carne e negi picada.
Estavam agradáveis e ajudaram muito a restabelecer o corpo do jetlag.
Ah, e foram a porta de entrada na gastronomia japonesa, que nos acompanhou ao longo de 15 dias.
A viagem gastronómica nipónica iniciou-se.
行く!