Ao segundo dia em Hirayu voltámos a ter um jantar kaiseki. O menu foi este.
Não dá para perceber?
Uma ajuda, lê-se de cima para baixo e da direita para a esquerda.
Continua difícil a leitura?
Passo a explicar. Como sakizuke, ou seja, de entrada, semelhante ao amuse-bouche francês, tivemos alforreca envolta com molho de ameixa Ume, agrião e carvão lavado.
A seguir veio um combinado de entradinhas (Shunsai). Salmão local de Okuhida, carne de caranguejo com espinafre em pó, lulas enrolada com ovas de bacalhau, coalhada de feijão de soja verde.
Depois o sashimi veio com o modelito de praia. Salmão local de Okuhida com rabanete.
Logo a seguir, antes dos pratos principais (Shinogi), tivemos oportunidade de saborear nigiri de carne de Hida coberto com pimenta japonesa Sanshou, lima Sudachi e gengibre adocicado.
O primeiro prato principal, designado Yakimono, por ser grelhado num recipiente de barro, foi robalo grelhado com miso e molho de pimenta de água.
O nimono, ou seja, o prato cozido, foi polvo, raiz de lótus estufada, feijão verde com molho de mostarda e halite.
O agemono, prato frito, consistiu em bolo de arroz cozido e frito envolto com camadas secas da pele de leite de soja e tempura de legumes.
De seguida saboreámos o prato de carne (Konro), que consistiu num bife de Hida com molho de soja com sementes de sésamo e vinagre.
Como dita a tradição, a refeição encerrou com shokuji, arroz de Hida Koshihikari; konomono, pickles locais; e tomewan, sopa miso de Takayama, com cebola verde, flocos emaranhados, gluten de trigo seco enrolado.
De mizugashi, sobremesa, saboreámos uma toranja com brandy de cereja.
Mais uma vez tivemos uma refeição espantosa, onde ficou novamente patente que os kaisekis são uma forma de arte que equilibra sabores, texturas, apresentação, beleza, ingredientes frescos sazonais e muita qualidade.