Inovação é uma palavra presente no léxico actual, nomeadamente
quando se fala de economia. Aliar à tradição a inovação é um desafio, que nem
sempre é alcançado com sucesso. Há no entanto sectores que se têm conseguido
superar e reinventar. O das conservas é um deles.
Apesar de antiga e tradicional, a indústria conserveira teve
um período de forte declínio. Até há bem poucos anos recorríamos às conservas para
elaborar uma cozinha de sobrevivência (ou por não se saber cozinhar ou por não
haver condições, económicas e logísticas, para tal). Actualmente tudo mudou.
Projectos recentes e inovadores, como o, já aqui falado,
Sol e Pesca, e o Can the Can, entre outros, vieram-se juntar a outros mais
tradicionais que conseguiram sobreviver ao longo dos tempos, como a
Conserveira de Lisboa.
Através de uma imagem forte, apoiada num design retro, tão em voga, bem como através
da reinvenção da utilização do produto, que é tanto utilizado na elaboração de entradas
como de pratos principais criativos, assim como as preocupações de
sustentabilidade de algumas marcas, nomeadamente a Santa Catarina, dos Açores, que viu o
seu atum ser distinguido pela Greenpeace como o mais sustentável do mundo,
fazem com que as conservas estejam definitivamente de volta e na moda.
Neste contexto de ressurgimento, no final de 2013,
surgiu um novo projecto sob a chancela da Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP), a Loja
das Conservas, localizada na Rua do Arsenal.
A loja é a imagem de tudo o que se referiu até aqui, ou seja, é inovadora, atractiva e encantadora. Mas importa que a imagem seja acompanhada de conteúdo, que ali não falta. O espaço reúne 17 marcas de conserveiras nacionais, comercializando mais de 300 produtos, alguns dos quais anteriormente apenas disponíveis no mercado de exportação.
A loja é a imagem de tudo o que se referiu até aqui, ou seja, é inovadora, atractiva e encantadora. Mas importa que a imagem seja acompanhada de conteúdo, que ali não falta. O espaço reúne 17 marcas de conserveiras nacionais, comercializando mais de 300 produtos, alguns dos quais anteriormente apenas disponíveis no mercado de exportação.
Para além da vertente comercial, a Loja das Conservas apresenta uma componente informativa através dos painéis que se encontram afixados pelo espaço comercial e que permitem
perceber a dinâmica comercial e ter um maior conhecimento das conservas nacionais.
Obviamente que da minha
visita a este fascinante espaço comercial não saí de mãos vazias. Trouxe três
conservas, uma de filetes de cavala em azeite com picles da La Gondola, conserveira
de Matosinhos, umas petingas picantes da Pinhais, também de Matosinhos, e uns
filetes de cavala fumada da Comur, da Murtosa. Estes dois últimos produtos foram
sugestão do simpático funcionário, que ainda me deu uma dica de como elaborar
as cavalas fumadas.