sexta-feira, 24 de maio de 2013

Há Hambúrgueres no Cais da Pedra

Quando chegámos a sala estava talvez a um quarto da ocupação. Passado pouco tempo já estava completa. Quando saímos, na zona do bar, estavam pessoas suficientes talvez para encher meia sala. Sucesso parece que é a palavra que se aplica.
Á semelhança de José Avillez (ver aqui), o chef Henrique Sá Pessoa decidiu abrir um novo espaço, o Cais da Pedra, uma aposta com uma oferta mais acessível ao público, permitindo-lhe assim, economicamente, continuar a desenvolver a cozinha mais elaborada que oferece no Alma.
O Cais da Pedra localiza-se junto a Santa Apolónia, nos armazéns portuários à beira do rio Tejo. A aliar à localização excepcional destaca-se a decoração interior muito bem conseguida. Os espelhos, a iluminação, o branco das paredes e do tecto, a cozinha aberta (permitindo ver todas as movimentações) dão profundidade e elegância ao espaço.









O espaço desenvolve-se ainda para a zona da esplanada, ampla, simpática e virada para o rio, à data da nossa visita ainda sem toldo, de forma a permitir a permanência em dias de clima mais extremo.
A lista faz-se praticamente de hambúrgueres. Para além dos maioritariamente de carne de novilho, há ainda de frango, vegetariano e salmão, estes dois últimos com pão de alfarroba.
A refeição iniciou-se com um couvert composto por bolinhas de pão de Mafra, azeite, azeitonas e croquetes caseiros de novilho que se desfazem na boca
Dos hambúrgueres, experimentámos o Spicy, com guacamole, queijo cheddar e relish picante de tomate e o Cogumelos, com cogumelos, alface e tomate. A acompanhar vieram batatas fritas caseiras e batatas doce com mel e ervas, que estavam uma delícia.
Por fim, na sobremesa, rematámos com um gigantesco brownie, apropriado para partilhar por três pessoas, com gelado de baunilha.
Tal como aconteceu com as pizzas do Alvillez, este não foi o melhor hambúrguer que já comi mas a qualidade dos produtos, o conforto e beleza do espaço fazem com que seja um sítio a ter em conta.


terça-feira, 21 de maio de 2013

"O Vinho é Composto de Humor Líquido e Luz" | Galileu Galilei

Galileu Galilei disse muitas verdades. Cruzei-me com esta há uns dias num dos edifícios da Lx Factory.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Excentricidades Gastrónomicas nos Camarins dos Famosos

O fotógrafo Henry Hargreaves partindo dos pedidos efectuados pelas estrelas da música para os seus camarins desenvolveu uma série fotográfica que pode ser vista aqui.
Interessante. Muito interessante. Se determinados pedidos estão de acordo com a imagem dos artistas, outros não colam nada com a imagem do artista.
Veja-se os ursinhos de goma do Marilyn Mason...

PizZAria Lisboa

Numa perspectiva de diversificação da sua oferta e, provavelmente, essencialmente numa óptica de apostar em frentes mais massificadas que lhe permitam, financeiramente, desenvolver a cozinha de autor mais elaborada, José Avillez abriu há pouco mais de um mês uma pizzaria, de nome Lisboa.
Não lhe é um negócio estranho, já que o seu pai, quando o Zé Avillez era miúdo, teve uma pizzaria em Cascais.
O restaurante fica na mesma área que os outros que lhe pertencem, mais especificamente na Rua dos Duques de Bragança, umas portas abaixo do Cantinho do Avillez.
O espaço, não muito grande, está decorado de forma simples e equilibrada, apresentando uma atmosfera simpática, familiar e despretensiosa.
 

A refeição inicia-se com um couvert prometedor, composto por umas azeitonas divinais, uma manteiga de trufas fantástica, azeite, molho fresco feito à base de tomate, fatias finas de massa de pizza e grissinis.

Para beber pedimos um jarro de uma mistura de chá com ervas. Fresco e agradável.

A carta, assim como o nome da pizzaria, é uma homenagem a Lisboa. Encontram-se referências aos bairros e ícones culturais da cidade. Alfama, Graça, Mouraria, Madragoa, Chiado, Beato, 28, Fado, são alguns dos nomes das pizzas.
Pedimos a tradicional Marguerita, a pizza que o José Avillez normalmente pede, e a Graça, composta por cogumelos portobello e bacon.










Houve alguma desilusão pois esperávamos mais. A Marguerita, que é o melhor barómetro para avaliar a qualidade de uma pizza, apresentou-se com uma massa excessivamente massuda e um molho de tomate pouco expressivo. Isso mesmo sentimos na Graça, mas de forma menos acentuada por os outros ingredientes equilibrarem um pouco os sabores e texturas.
Para além das  pizzas a carta apresenta risottos, massas e saladas.
Por fim, após uma indecisão na escolha da sobremesa, entre o chocolate3 e a pannacota, a decisão final recaiu sobre a última opção. Fizemos bem.
A avaliar pela procura do restaurante, que esteve sempre cheio e com uma afluência constante, mesmo depois das 15h - hora de encerramento no período de almoço, o sucesso parece estar garantido. Marca do José Avillez.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Receitas Caseiras

Alguns dos pratos elaborados nos últimos dias em casa foram vieiras salteadas com esparregado e batata doce assada. Uma delícia.

E pizzas.
Uma de cogumelos, alcaparras e ovo cozido e outra de salmão fumado e alcaparras. As duas com um molho de pomodoro feito com azeite, alho, cebola, tomate, vinho branco, salsa e oregãos.
Nham nham, modéstia à parte, muito saborosas.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Pedaço do Líbano em Lisboa

A comida libanesa não nos era estranha mas nunca a tinhamos experienciado em Lisboa.
Existe há alguns anos um restaurante libanês em Lisboa, o Fenícios, que embora na lista dos restaurantes a ir ainda não tinha tido uma visita.
Pelo meu aniversário resolvemos experimentar o novo restaurante Fenícios, chamado Fenícios Castilho, situado no sétimo piso de um prédio da Rua Castilho, onde ao almoço funciona o restaurante Varanda da União.
A vista é de excepção e a comida acompanha-a.
Já o dissemos antes que a base da diversa culinária libanesa está nos cereais e legumes. Isso é muito evidente nas mezzes, o inicio de uma refeição libanesa, composta por diversos pequenos pratos.
Sem fugir à tradição iniciámos o nosso repasto com 6 mezzes: hummous, que é um puré de grão, com pasta de sésamo e limão, acompanhado de pão libanês; moutabal, que à semelhança do hummus é comida acompanhada de pão libanês e trata-se de uma pasta de beringela assada, misturada com pasta de sésamo, alho e limão; falafel, pastéis feitos com grão de bico, favas, alho e coentros; tabbouleh, salada composta por tomate, hortelã, cebola, sumo de limão, azeite e trigo moído; lahm bi ajine, espécie de mini pizza recheada com carne de vaca, tomate e cebola; e warak énab, que são folhas de videira recheadas de arroz, tomate, salsa, limão e azeite.

Já com as o estômago forado e feliz com a mistura de sabores, avançámos para os pratos principais.
Kibbe Maklieh, composto por kibbe, que é um pastel à base de bulgur (cereal), cebola e carne, e arroz com frutos secos e salada.

E Maklibbi, um estufado de beringela.

Terminámos a refeição com duas especialidades da doçaria libanesa, baklawa, feito à base de massa filó, amêndoa e mel, e mouhallabie, um creme perfumado com flor de laranjeira .

Toda a refeição foi regada com um vinho tinto libanês, Ksar Le Prieure, que se assemelha no gosto e textura a um vinho da Estremadura.

sábado, 4 de maio de 2013

Peisheirada

Há dias houve Peisheirada.
Peisheirada é um restaurante japonês, auto-intitulado de tasca de sushi, junto ao Largo do Rato.
É um espaço descontraído e inventivo. As paredes do estabelecimento estão por conta dos fregueses, que podem desenhar e escrever o que entenderem.

Os pratos são muito bem apresentados e a comida é muito bem confeccionada.
Já lá tínhamos estado em tempos e como gostámos resolvemos regressar depois de uma sessão do Indie Lisboa no cinema S. Jorge.
Comemos um sushi especial, com peças escolhidas pelo chef, que ainda nos ofereceu um hot philadelphia de salmão, que estava tão gostoso que pedimos segunda volta.


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Bolo da Marta

Não sei quem é a Marta.
Mas sei o que é o Bolo da Marta.
É um fenómeno possível actualmente, em que as redes sociais têm um papel e uma força de transformar o desconhecido num sucesso.
Mas convenhamos, há todo o mérito neste sucesso. O bolo é delicioso.
A identidade é a base de suspiros, a partir da qual são apresentadas diversas combinações de sabores, todas elas fantásticas e surpreendentes.
As últimas que experimentámos foi com gelado de melão do Santini e frutos silvestres (s o b e r b o!!) e a outra chocolate com morangos (b o m b á s t i c o!!).

Este projecto começou inicialmente com uma página no facebook mas rapidamente evoluiu também para um espaço na Lx Factory, no primeiro piso da Livraria Ler Devagar.
A conjugação do bolo com o espaço traz-nos duas palavras à mente: inventivo e deslumbrante.
Já agora, qual é o bolo do dia?