Borough
é o mercado de comida mais conhecido de Londres e também um dos
mais famosos do mundo neste segmento. Localiza-se em Southwark, no Bankside, e
tem como mais recente vizinho o The Shard, criação de Renzo Piano, actualmente
o edifício mais alto da Europa.
Para
início de conversa revelo já que invejo os londrinos nesta matéria. Tenho pena
de não ter um mercado desta qualidade e oferta na minha cidade.
O
mercado de Borough, para além da dimensão assinalável, apresenta uma qualidade,
diversidade e cuidado na apresentação dos produtos fantástica. De assinalar
também o dinamismo que apresenta com diversos eventos e demonstrações
de cozinha a acontecerem.
Funciona de 5ª feira a Sábado, sendo que este é o dia mais forte. Já de
2ª a 4ª feira está aberto apenas para almoços. É que além da oferta de
alimentos frescos (carne, peixe, vegetais, frutas) pode-se encontrar também comida
já preparada. Na verdade, naquele espaço, quase que é possível dar uma volta
pelos produtos e gastronomia mundial.
O
mercado encontra-se dividido em três zonas, Green Market, Middle Market e Jubilee Market.
Começa-se a percorrer as várias bancas, no meio de um ambiente vibrante, e aos poucos a água na boca vai crescendo, até ser saciada no momento em que se decide parar em algum sítio e saborear umas das múltiplas iguarias. No meu caso, o sofrimento foi-se prolongando porque tirando a compra de um vinagre balsâmico de trufas pretas - que foi acompanhada pela imaginação do momento de comer uma saladinha regada com o mesmo -, só comprámos uns pitéus depois de termos percorrido todas as bancas.
Comecemos então o périplo de cores, texturas, aromas e sabores.
Cruzámo-nos logo com esta mega paella, no cantinho espanhol.
Prosseguindo deparamo-nos com pães para todos os gostos (comemos um com tomate e cebola, que corresponde ao que está a meio da primeira foto).
A seguir confrontámo-nos com charcutaria diversa e queijos de todos os tamanhos e feitios.
O percurso ficou mais doce com os chocolates, muitos deles artesanais. Adquirimos uns e experimentámos outros na banquinha.
Com os doces variados, os da direita árabes.
E com a pastelaria,uma mais ao nosso estilo,
outra mais ao estilo árabe (comemos alguns) e outra bem caseirinha (será que tem aqui dedinho do Álvaro?).
Depois azeites, patés e conservas.
Azeitonas de todos os géneros e feitios (experimentámos quase todas as qualidades).
Sanduíches vegetarianas e outras menos vegetarianas, com tudo o que se tem direito.
Empanadas argentinas e algo mais refinado, como ostras com um aspecto fresquíssimo.
Comida árabe, como os maravilhosos kibehs de carne e de beringela e as mezzes diversas (esta foi a banca onde mais nos abastecemos).
Peixaria e banca de sumos naturais.
Gomas e frutos secos.
Vegetais (a quantidade de tipos de cogumelos é admirável) e frutas.
Por fim, destaque para uma pequena banca com produtos portugueses. Num primeiro momento questionámo-nos se seria consequência da ideia lançada há tempos pelo meu vizinho e nosso Ministro da Economia, o Álvaro, de internacionalização do pastel de nata. Mas não, trata-se antes de um cidadão inglês que se antecipou e decidiu importar produtos nacionais, como azeite, compotas, queijos, pastéis de nata.
O País agradece.