Depois de uma valente jornada, com alguns imprevistos pelo meio
típicos de quem anda em viagem, chegámos à Macedónia, via Albânia.
Os dias pela Macedónia fizeram-se junto ao lago Ohrid e foram
marcados pelo sossego, fruição e comtemplação dos recantos do lago.
No capítulo gastronómico destaque para a oferta das tradicionais
pekarias, para a degustação de salada macedónia, com menos ingredientes do que
as receitas “à portuguesa” e para a truta do lado Ohrid.
No capítulo das bebidas, degustámos o vinho Vranec, uma adopção, pela Macedónia, da casta montenegrina Vranac.
Nos momentos de descanso no recanto, provavelmente, mais bonito
do lago, a praia de Kaneo, no sopé do monte ponteado pela igreja mais famosa da
Macedónia, a Sveti Jovan Kaneo, entre um mergulho e outro deliciámo-nos com um
refrescante Aperol Spritz.
De regresso à Albânia, agora para desfrutar do país, tivemos as
experiências gastronómicas mais deliciosas e surpreendentes da nossa viagem.
Em Berat, cidade de origem otomana classificada como Património
Mundial da Unesco, fizemos a nossa primeira incursão pela gastronomia albanesa.
A comida é de base mediterrânea e influenciada, entre outras,
pela cozinha turca.
Pelas ruas cruzamo-nos com diversas bancas de vegetais e frutas.
Deparamo-nos também com lojas tradicionais e deliciosamente bonitas de café em grão, que exalam
para o exterior o seu aroma.
Também em Berat, saboreamos vários dos pratos típicos albaneses, como Fërgesë,
feito com tomate, carne moída, cebola, pimento verde, ovo e queijo feta para ligar, beringela estufada
recheada com outros vegetais e Qofte, ou seja, almôndegas com batatinhas. Acompanhamos
a comida com salada e vinho albanês.
Depois do jantar cruzamo-nos com uma lojinha com uma montra de
gelados para a rua. Não queremos acreditar, um gelado custa apenas 14 cêntimos de
euro. Não resistimos por todas as razões, pelo que saboreamos um gelado caseiro de
frutos silvestres.
Na manhã do dia seguinte, no Boutique Hotel familiar onde ficámos
no bairro muçulmano de Mangalem, a surpresa chegou à mesa, na forma de
pequeno-almoço. Tudo o que tínhamos direito foi chegando. Sumo, café,
chá, leite, pão, burek, tameloriz caseiro (o arroz doce albanês), ovo, compotas,
queijo, manteiga,… Quase que rebentámos.
Já em Tirana, na capital da Albânia, deambulamos pelo mercado
mais vivo de toda a viagem. Há cultura de mercado de rua por estas paragens.
Nós agradecemos a profusão de cores, cheiros e diversidade alimentícia.
Depois dessa viagem, o apetite chega e vamos até um restaurante tradicional de
influência otomana, o Oda, próximo da área do mercado. Começamos com um óptimo pão e com uma
salada mista. Seguem umas bolinhas de arroz, um byrek de espinafres e beringelas
recheada. Tudo divinal.
Saímos, dobramos a esquina, e cruzamo-nos com uma
padaria/pastelaria com especialidades de influência turca. Baklava, llokume e
mais uma infinidade de doces e pães.
Regressamos no dia seguinte para carregarmos as malas de
souvenirs docinhos.
Noutra refeição, no Era, restaurante no bairro mais trendy de Tirana, o Bloku, iniciamos com umas azeitonas de Berat com
laranja. Seguimos com um pilau (arroz) de frango e pinhão, um estufado de feijões tamanho XXL e
com um prato de espinafres com ovo e bacon.
Tudo maravilhoso e regado com um vinho kosovare.
Tudo maravilhoso e regado com um vinho kosovare.
Em Tirana conseguimos bater o record de Berat. Encontramos um gelado a 7 cêntimos de euros...Inacreditável. Qualidade a baixíssimos preços.
Pelas ruas de Tirana, tal como em Ulcinj, voltamo-nos a cruzar
com o serviço informal de avaliação de peso. Uma balança espera por quem deseje
medir o peso. Voltamos a não testar.
Seguimos viagem, agora em direcção a casa. De barriga cheia, coração
feliz e a cabeça aberta a novos destinos.