A Dinastia Tang, entre 618 e 907, foi a dinastia chinesa que consolidou as principais estruturas do Império Chinês, sendo considerada a época de ouro da China medieval. Para além das profundas reformas institucionais inspiradas em Confúcio, marcou uma grande expansão territorial, reconstruiu importantes cidades e fortaleceu o exército.
Estes apontamentos históricos servem apenas para contextualizar o nome do restaurante que abriu recentemente na Rua do Açúcar, no Poço do Bispo. O Dinastia Tang, restaurante, parece procurar ter a grandiosidade da dinastia que lhe deu o nome.
Espaço enorme, com dois ambientes, uma sala no piso de baixo vocacionada para eventos e outra no piso de cima para as refeições normais do quotidiano. O piso de cima é marcado por uma bonita decoração tradicional chinesa.
A carta é muito vasta e com propostas diferentes do habitual restaurante chinês em terras lusas, que entretanto entrou em decadência.
Facilmente nos perdemos nas inúmeras propostas, que são sobretudo da cozinha cantonesa, pelo que pedimos sugestões.
Antes disso já tínhamos chegado à decisão de pedir a salada de medusa, que se apresentou muito saborosa.
Pedimos também beringela com carne de porco picada na púcura. Aposta muito válida, com a beringela muito macia e um equilibrio entre os diversos ingredientes.
Solicitámos ainda dim sum de camarão, que não deslumbrou mas também não comprometeu.
Por fim, pedimos o emblemático Pato à Pequim. A memória da última experiência criou todo um entusiasmo, que acabou por sair defraudado. O problema maior é que a referência era muito alta, um dos melhores patos à Pequim da capital da China. Porém, este pato, apesar de vir composto por alguns dos acompanhamentos típicos (massa de enrolar, molhos, vegetais), não estava especialmente bem trinchado, nem soberbamente macio, nem tão pouco com a pele crocante. É uma pena quando as expectativas não são correspondidas.
Ainda que este restaurante não seja tão grandioso como a dinastia que lhe deu o nome, valeu esta viagem até à China.