Não se vai lá por acaso. O mais
provável é estando por aqueles lados não resistir aos petiscos que O Charneco tem para oferecer.
Fica em Estômbar, entre Lagoa e
Portimão, e trata-se de uma tasquinha muito simpática.
A ementa, ao jantar, é composta
por sete pratos variáveis, de acordo com a época do ano e com o que se encontra
disponível no mercado, e tem preço fixo, 25 euros, onde está tudo incluído,
inclusive o vinho.
É daqueles restaurantes que
facilita a vida aos indecisos. É só sentar e esperar que comecem a desfilar os
pratos.
Em regra a ementa é composta por
dois pratos principais precedidos por umas quantas entradas.
Quando lá estivemos começámos com
um queijo, presunto, pão e azeitonas. De seguida vieram umas gambas algarvias
cozidas com sumo de limão.
Ainda estávamos a saborear e foi-nos
apresentada uma óptima salada de ovas de choco. Ainda com o deslumbre da
novidade de saborear ovas de choco, aterraram na nossa mesa uns carapaus
alimados com alho e azeite.
De seguida trouxeram umas
lamejinhas que só com o cheiro nos conquistaram.
Quando já pedia que desapertássemos
o botão das calças veio um arroz de peixe muito saboroso, embora podia estar um
pouco mais cozido.
Fizemos uma pausa, viemos
apanhar ar e consultámos o que ainda faltava vir. Borrego. Foi a resposta. É
das poucas comidas que não como, a par de queijo, mas a anfitriã facilmente me
convenceu a experimentar.
Apesar de barriga cheia e pouco
fascinada, abri uma excepção e experimentei. Confirmo que é uma carne que não gosto mas consigo avaliar que estava
bem confeccionada.
Por fim, o sector dos doces fez-se
representar pelos D. Rodrigo e por um bolo de alfarroba.
Foi assim que desfrutámos de um belo
repasto, num ambiente rústico, com reminiscência de tasca antiga, e descontraído, onde o serviço se pauta pela simpatia e eficiência.